quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Noticias de Agosto 2011



Graça e paz queridos amigos:
Escrevemos novamente com muita alegria, pois Deus tem nos abençoado através de seus cuidado e provisão.
Este mês foi um período de grandes vitórias, a começar pelo campeonato paranaense de taekwondo que aconteceu em Maringá, onde recebemos 18 medalhas através das crianças participantes do projeto. Esteve participando do campeonato também o professor de taekwondo André , o qual foi campeão e medalha de ouro garantindo sua participação no campeonato brasileiro em Fortaleza, e estamos na expectativa de mais medalhas...

Outra vitória conquistada foi a compra de uniformes de Taekwondo e Jui Jitsu para as crianças, recebemos doação de homens e mulheres de Deus, que entendem a visão e objetivo de nossas aulas e assim presenteamos algumas de nossas crianças, e como resultado desse presente, percebemos maior interesse das crianças em nossas devocionais e orações antes de cada aula, e várias tem manifestado o desejo de conhecer mais de Deus, e entregar suas vidas à Cristo, as crianças tem participado dos cultos aos domingos e algumas delas já com a família toda! Na próxima cartinha vamos mandar uma foto de todos que foram presenteados com os kimonos.

Temos grandes projetos para o Refugio, e pretendemos alcançar cada vez mais o nosso bairro, e continuar fazendo a diferença nas vidas das pessoas, temos sonhos de construir uma estrutura maior e assim poder atender mais pessoas, alcançando as famílias das 150 crianças que participam do nosso ministério em diversas aulas, apresentando o nosso Salvador Jesus Cristo.

Outro motivo de grande alegria foi o aniversário de nosso filho, Fábio, ele completou no dia 14/08 dois anos, e não temos palavras para descrever como tem sido maravilhoso e como ele tem nos surpreendido com seu crescimento e seu amor, o Fabinho é realmente o presente mais lindo que recebemos de Deus!
Encerramos pedindo as orações de vocês e agradecendo a ajuda que tem sido benção em nossas vidas.
SABEMOS QUE CADA CONQUISTA DO REFUGIO SÓ FOI POSSIVEL PORQUE PESSOAS COMO VOCÊS TEM FEITO PARTE DE NOSSOS SONHOS E ACREDITADO NA TRANSFORMAÇÃO QUE DEUS TEM FEITO ATRAVES DE NOSSO MINISTÉRIO.
Muito obrigado por fazer parte desse sonho... 

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

DESIGREJADOS

Acabei de receber telefonema de um amigo de longa data que foi pastor e ele se caracterizou como “desigrejado” atualmente. Ele é um dos muitos que aparecem na estatística publicada nesta segunda-feira dando conta que o número de ex-evangélicos tem subido em proporções inquietantes, de 4% para 14%, o que dá um total de quatro milhões de pessoas que freqüentaram igrejas evangélicas e hoje não freqüentam mais nenhuma. Os dados comparam os anos de 2003 e 2009, o que me leva a crer que este número é ainda maior, por algumas razões.
O fenômeno não é novo. No início dos anos 90, colegas que estavam fazendo mestrado na área da Ciência da Religião já vinham detectando este fenômeno e alguns que pesquisavam na região da baixada fluminense chegavam a dizer que um terço era composto de pessoas ex-membros de alguma igreja.
Como pastor há quase quarenta anos, venho notando e me surpreendendo com alguns sinais. O primeiro deles é que a nova geração não tem o mesmo compromisso de freqüência e participação que eu encontrava no início de meu pastorado. Na primeira igreja que pastoreei eu tinha um senhor que saía todos os domingos às 5:30 da manhã para pegar ônibus e atravessar a cidade de São Paulo e participar da igreja. Em São Carlos eu tinha um que quando viajava, fazia questão de voltar aos domingos para não faltar aos cultos. Hoje, qualquer coisa é desculpa para faltar.
Outra coisa que venho notando é que a filiação formal como membro de uma igreja encontra resistência nas gerações mais novas. Antigamente se media uma igreja pelo número de membros ativos que tinha. Isto acabou. Ninguém mais está para isto. Querem participar sem se envolver com as coisas da administração da vida da igreja. Querem os benefícios, sem as responsabilidades.
Neste quesito entra também a questão dos dízimos e ofertas. Antes as pessoas dizimavam e ofertavam na igreja, que aplicava o dinheiro segundo a decisão de uma diretoria eleita. Hoje elas tem dificuldade em ofertar nas igrejas por uma de três razões: medo de que isto vá enriquecer os pastores, pelos muitos escândalos de bispos e apóstolos que se locupletaram; ou pelo entendimento de que eles sabem administrar melhor e preferem fazer caridade com o dízimo. Não são poucos os que conheço que tem administrado e distribuído seus dízimos de acordo com necessidades que vêem. Uma terceira razão é a insensatez de se ter templos faraônicos que são usados poucas horas por semana. Há mausoléus que custam uma fortuna em manutenção e que são usados duas ou três horas semanais. Um verdadeiro desperdício.
Outro fenômeno que venho notando é a gradativa transformação da igreja em negócio. Dias destes um colega pastor, destes que tem a alma pastoral, me ligou e me contou que foi avaliado depois de um tempo na igreja e esta decidiu contratar outro que tivesse perfil mais gerencial. Estavam trocando o pastoral pelo gerencial. Quando a igreja faz isto, perde a sua característica de cuidar das pessoas e passa a cuidar dos números, da quantidade, da arrecadação. Deixa de ser igreja e passa a ser negócio. Há muitas igrejas que trocaram o termo   discipulado por mentoring (termo técnico do mundo corporativo), nomeiam gerentes de áreas (Educação Cristã, Ação Social, Diaconia, etc.). Há ainda as que não buscam mais pastores com sólida base teológica, mas sim animadores de auditório. Se ele sabe fazer o pessoal cantar, pular, aplaudir, chorar, motivar a contribuir, é um excelente “pastor”, não importando o quanto de abobrinha vá dizer.
Com este cenário, não é para menos que tenha saltado de 4% a 14% o número dos desigrejados.

Marcos Inhauser
Texto extraído do blog http://inhauser.blogspot.com